Escrito por: Diego Cintrão
No texto do livro de Atos dos Apóstolos o autor descreve uma igreja exemplar, na qual nós, cristãos contemporâneos, precisamos nos espelhar. Essa igreja, segundo o comentário bíblico do Pr. Russel Shedd, era uma igreja modelo, pois era formada de crentes batizados, unidos com padrões definidos de doutrina, comunhão, amor e oração. Os discípulos que nessa igreja congregavam possuíam marcas, quatro marcas que os caracterizavam como verdadeiramente cristãos, marcas essa que devemos possuir.
Primeira Marca:
A primeira marca dessa igreja, segundo o versículo 42 do capítulo 2 de Atos, é que esses convertidos “perseveravam na doutrina dos apóstolos”, essa doutrina, que em outras traduções aparece como “ensino dos apóstolos” consiste nos ensinos que o próprio Jesus deixou aos apóstolos, ou seja, o próprio
evangelho que era propagado pelos apóstolos e os discípulos, conforme 1 Coríntios 15:1-4:
“Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.”
Os cristãos daquela época, que não eram conhecidos como cristãos, mas como discípulos, tinham prazer em perseverar nos ensinos dos apóstolos que foram instruídos pelo próprio Jesus, conforme Mateus 28:18-20:
“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”
Uma das marcas de um verdadeiro cristão, que verdadeiramente entende o evangelho de Cristo, e que verdadeiramente é cheio da presença de Deus é a pregação da Palavra, conforme o ensino dos apóstolos baseado nas orientações de Jesus.
Em Atos 5:42 está escrito que “todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo”, Atos 9:20 diz que “logo pregava, nas sinagogas, a Jesus, afirmando que este é o Filho de Deus”. A igreja exemplar descrita em Atos dos Apóstolos possuía discípulos com essa marca, que se caracterizavam pela prática genuína dos ensinos de Cristo, discípulos movidos pelo Espírito, que eram apaixonados por pregar o evangelho. Ou seja, o cristão autêntico, o discípulo de Jesus Cristo, que entende Seu chamado, é um cristão que prega a Palavra de Deus.
Segunda Marca:
A segunda marca de um cristão verdadeiro descrita em Atos 2:42 é a comunhão. No versículo 44 o autor descreve essa comunhão na qual “todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum”. A comunhão expressa no livro de Atos é um tipo de relação de difícil entendimento, e para muitos uma prática inviável em nossos dias. Essa comunidade genuinamente cristã é melhor descrita em Atos 4:32-35 onde diz:
“Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.“
Podemos discutir a possibilidade de hoje cristãos praticarem o ato de vender suas posses e depositar os valores “aos pés” de seus pastores, pois o nível de institucionalização e profissionalismo que há nas igrejas de nosso tempo, provavelmente impede tal prática nos moldes estabelecidos no livro de Atos. Porém, o que me chama a atenção nessa descrição da comunhão autentica é o sentimento que impulsionava as relações desses discípulos. Sentimento esse fomentado pela abundante presença do Espírito Santo na vida dessa comunidade, que gerava atos de total desapego. Segundo o texto “ninguém considerava exclusivamente sua nenhuma das coisas que possuía [...]” é esse tipo de entendimento que nós, cristãos desse tempo, temos de possuir. Entender que nada que tenho é exclusivamente meu, que Deus me proporciona bens para serem usados para a Sua glória, ou seja, para servir de benção para todos.
Outra sentimento que movia o coração desses discípulos é que ninguém se entendia digno de possuir mais do que o seu próximo, e tal exemplo era dado pelos apóstolos, como descreve o texto de Atos 3:4-6:
“Pedro, fitando-o, juntamente com João, disse: Olha para nós. Ele os olhava atentamente, esperando receber alguma coisa. Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!”
Que inversão vivemos hoje! Pedro declara que nenhum bem material possuía, porém pela autoridade e poder de Jesus Cristo, que o transbordará do Espírito Santo, manifesta-se a glória de Deus. Na igreja exemplar de Atos dos apóstolos os apóstolos eram vazios de bens, mas cheios de Deus, hoje vemos um evangelho de pastores cheios de bens, mas vazios de Deus.
Um cristão autêntico possui essa segunda marca: a comunhão. Ou seja, o cristão que não está atento a necessidade do seu irmão, que não conhece a aflição do próximo, não chora com os que choram, que não vive em unidade, que não entende as bênçãos de Deus como bênçãos para toda a comunidade, não entendeu o evangelho de Cristo.
Terceira Marca:
A terceira marca do cristão verdadeiro, expressa em Atos 2:42 está no termo “partir do pão”. Esse termo faz menção as festas que os discípulos praticavam como igreja, incluindo a Santa Ceia. Os discípulos congregavam como igreja, conforme Atos 20:7:
“No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite.”
Existe um movimento em nossos dias no qual cristãos tem se desvinculado da igreja, sem abandonar a fé. Tais cristãos entendem que a institucionalização e o extremo profissionalismo de algumas congregações desviam o foco do verdadeiro evangelho, propagando que Cristo não instituiu uma igreja, defendem abertamente o fracasso total da igreja organizada, a necessidade de um cristianismo sem igreja e a necessidade de sairmos da igreja para podermos encontrar Deus2. Usam como texto para a defesa de tal teoria o Evangelho de Mateus 18:20 que diz “Por que, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.”, são os chamados desigrejados (indico o texto sobre o tema http://tempora-mores.blogspot.com.br/2010/04/os-desigrejados.html de Augustus Nicodemus Lopes).
Porém, em Atos 2:42 os discípulos estão claramente cumprindo praticas na igreja, o “partir do pão” muito provavelmente faz menção a Ceia do Senhor, praticada em comunhão na igreja. Ou seja, uma marca de um cristão autêntico é a comunhão com o Corpo de Cristo em uma igreja, como faziam os primeiros discípulos. Se tiver dificuldade em congregar, se não consigo ser assíduo nos cultos, se não consigo ter comunhão com meus irmãos de fé, se não consigo me relacionar com a comunidade cristã, devo analisar se sou um cristão autêntico.
Quarta Marca
A quarta marca do verdadeiro cristão que o texto de Atos 2:42 destaca é a perseverança nas orações. O livro de atos dos Apóstolos realça a importância da oração na vida cristã:
“Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona.” Atos 3:1
“e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.” Atos 6:4
“Pedro, pois estava guardado no cárcere; mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele.” Atos 12:5
A Bíblia está repleta de referências à oração:
“regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes [...]” Romanos 12:12
“Perseverai na oração, vigiando com ações de graças.” Colossenses 4:2
“Orai sem cessar.” 1 Tessalonicenses 5:17
É inimaginável uma vida cristã sem oração, um cristão que não ora é uma pessoa vazia e não pode praticar as coisas do Espírito, pois não é do Espírito. Esse era o grande atributo dessa igreja exemplas descrita em Atos, o atributo que fazia possível o manifestar de todas essas marcar de autenticidade. Essa igreja era composta por discípulos que entendiam a necessidade de uma vida de oração, pois somente assim poderiam ser cheios do Espírito Santo.
Em João 15:5 está escrito “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. A igreja exemplar de Atos carregava as marcas do verdadeiro evangelho, porque permaneceu constantemente em Cristo, através da presença do Espírito de Deus, possuíam assim o caráter de Jesus, pois receberam verdadeiramente o batismo do Espírito, ou seja, não eram eles que faziam tais coisas, mas o próprio Deus os impulsionava. Em Atos 4:31 diz “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.”
Os santos da igreja descrita em Atos dos Apóstolos possuíam as marcas de uma vida cristã autêntica:
· Perseveravam na doutrina dos apóstolos (pregavam o evangelho);
· Perseveravam na comunhão;
· Perseveravam no partir do pão (congregavam), e
· Perseveravam na oração.
A Palavra está abarrotada de orientações para que possamos desfrutar dessa vida plena de um evangelho verdadeiro. Não há estratégias, planejamentos, teologia, técnicas e organizações que produzam essa vida, o que há, para que vivamos esse evangelho verdadeiro que demostra tais marcas, é viver do Espírito conforme relato do apóstolo Paulo em Efésios 5:15-21:
“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.”
Que essa reflexão possa produzir ao leitor o mesmo confronto que produziu em mim. Reflexão que tem me produzido frutos de arrependimento por entender o quanto tenho sido negligente com o real modo de vida que Cristo almeja que eu tenha. Que possamos buscar a Deus de modo a vivermos o verdadeiro evangelho.
Que Deus nos dê graça e nos abençoe conforme sua vontade.
No texto do livro de Atos dos Apóstolos o autor descreve uma igreja exemplar, na qual nós, cristãos contemporâneos, precisamos nos espelhar. Essa igreja, segundo o comentário bíblico do Pr. Russel Shedd, era uma igreja modelo, pois era formada de crentes batizados, unidos com padrões definidos de doutrina, comunhão, amor e oração. Os discípulos que nessa igreja congregavam possuíam marcas, quatro marcas que os caracterizavam como verdadeiramente cristãos, marcas essa que devemos possuir.
Primeira Marca:
A primeira marca dessa igreja, segundo o versículo 42 do capítulo 2 de Atos, é que esses convertidos “perseveravam na doutrina dos apóstolos”, essa doutrina, que em outras traduções aparece como “ensino dos apóstolos” consiste nos ensinos que o próprio Jesus deixou aos apóstolos, ou seja, o próprio
evangelho que era propagado pelos apóstolos e os discípulos, conforme 1 Coríntios 15:1-4:
“Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.”
Os cristãos daquela época, que não eram conhecidos como cristãos, mas como discípulos, tinham prazer em perseverar nos ensinos dos apóstolos que foram instruídos pelo próprio Jesus, conforme Mateus 28:18-20:
“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”
Uma das marcas de um verdadeiro cristão, que verdadeiramente entende o evangelho de Cristo, e que verdadeiramente é cheio da presença de Deus é a pregação da Palavra, conforme o ensino dos apóstolos baseado nas orientações de Jesus.
Em Atos 5:42 está escrito que “todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo”, Atos 9:20 diz que “logo pregava, nas sinagogas, a Jesus, afirmando que este é o Filho de Deus”. A igreja exemplar descrita em Atos dos Apóstolos possuía discípulos com essa marca, que se caracterizavam pela prática genuína dos ensinos de Cristo, discípulos movidos pelo Espírito, que eram apaixonados por pregar o evangelho. Ou seja, o cristão autêntico, o discípulo de Jesus Cristo, que entende Seu chamado, é um cristão que prega a Palavra de Deus.
Segunda Marca:
A segunda marca de um cristão verdadeiro descrita em Atos 2:42 é a comunhão. No versículo 44 o autor descreve essa comunhão na qual “todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum”. A comunhão expressa no livro de Atos é um tipo de relação de difícil entendimento, e para muitos uma prática inviável em nossos dias. Essa comunidade genuinamente cristã é melhor descrita em Atos 4:32-35 onde diz:
“Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.“
Podemos discutir a possibilidade de hoje cristãos praticarem o ato de vender suas posses e depositar os valores “aos pés” de seus pastores, pois o nível de institucionalização e profissionalismo que há nas igrejas de nosso tempo, provavelmente impede tal prática nos moldes estabelecidos no livro de Atos. Porém, o que me chama a atenção nessa descrição da comunhão autentica é o sentimento que impulsionava as relações desses discípulos. Sentimento esse fomentado pela abundante presença do Espírito Santo na vida dessa comunidade, que gerava atos de total desapego. Segundo o texto “ninguém considerava exclusivamente sua nenhuma das coisas que possuía [...]” é esse tipo de entendimento que nós, cristãos desse tempo, temos de possuir. Entender que nada que tenho é exclusivamente meu, que Deus me proporciona bens para serem usados para a Sua glória, ou seja, para servir de benção para todos.
Outra sentimento que movia o coração desses discípulos é que ninguém se entendia digno de possuir mais do que o seu próximo, e tal exemplo era dado pelos apóstolos, como descreve o texto de Atos 3:4-6:
“Pedro, fitando-o, juntamente com João, disse: Olha para nós. Ele os olhava atentamente, esperando receber alguma coisa. Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!”
Que inversão vivemos hoje! Pedro declara que nenhum bem material possuía, porém pela autoridade e poder de Jesus Cristo, que o transbordará do Espírito Santo, manifesta-se a glória de Deus. Na igreja exemplar de Atos dos apóstolos os apóstolos eram vazios de bens, mas cheios de Deus, hoje vemos um evangelho de pastores cheios de bens, mas vazios de Deus.
Um cristão autêntico possui essa segunda marca: a comunhão. Ou seja, o cristão que não está atento a necessidade do seu irmão, que não conhece a aflição do próximo, não chora com os que choram, que não vive em unidade, que não entende as bênçãos de Deus como bênçãos para toda a comunidade, não entendeu o evangelho de Cristo.
Terceira Marca:
A terceira marca do cristão verdadeiro, expressa em Atos 2:42 está no termo “partir do pão”. Esse termo faz menção as festas que os discípulos praticavam como igreja, incluindo a Santa Ceia. Os discípulos congregavam como igreja, conforme Atos 20:7:
“No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite.”
Existe um movimento em nossos dias no qual cristãos tem se desvinculado da igreja, sem abandonar a fé. Tais cristãos entendem que a institucionalização e o extremo profissionalismo de algumas congregações desviam o foco do verdadeiro evangelho, propagando que Cristo não instituiu uma igreja, defendem abertamente o fracasso total da igreja organizada, a necessidade de um cristianismo sem igreja e a necessidade de sairmos da igreja para podermos encontrar Deus2. Usam como texto para a defesa de tal teoria o Evangelho de Mateus 18:20 que diz “Por que, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.”, são os chamados desigrejados (indico o texto sobre o tema http://tempora-mores.blogspot.com.br/2010/04/os-desigrejados.html de Augustus Nicodemus Lopes).
Porém, em Atos 2:42 os discípulos estão claramente cumprindo praticas na igreja, o “partir do pão” muito provavelmente faz menção a Ceia do Senhor, praticada em comunhão na igreja. Ou seja, uma marca de um cristão autêntico é a comunhão com o Corpo de Cristo em uma igreja, como faziam os primeiros discípulos. Se tiver dificuldade em congregar, se não consigo ser assíduo nos cultos, se não consigo ter comunhão com meus irmãos de fé, se não consigo me relacionar com a comunidade cristã, devo analisar se sou um cristão autêntico.
Quarta Marca
A quarta marca do verdadeiro cristão que o texto de Atos 2:42 destaca é a perseverança nas orações. O livro de atos dos Apóstolos realça a importância da oração na vida cristã:
“Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona.” Atos 3:1
“e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.” Atos 6:4
“Pedro, pois estava guardado no cárcere; mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele.” Atos 12:5
A Bíblia está repleta de referências à oração:
“regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes [...]” Romanos 12:12
“Perseverai na oração, vigiando com ações de graças.” Colossenses 4:2
“Orai sem cessar.” 1 Tessalonicenses 5:17
É inimaginável uma vida cristã sem oração, um cristão que não ora é uma pessoa vazia e não pode praticar as coisas do Espírito, pois não é do Espírito. Esse era o grande atributo dessa igreja exemplas descrita em Atos, o atributo que fazia possível o manifestar de todas essas marcar de autenticidade. Essa igreja era composta por discípulos que entendiam a necessidade de uma vida de oração, pois somente assim poderiam ser cheios do Espírito Santo.
Em João 15:5 está escrito “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. A igreja exemplar de Atos carregava as marcas do verdadeiro evangelho, porque permaneceu constantemente em Cristo, através da presença do Espírito de Deus, possuíam assim o caráter de Jesus, pois receberam verdadeiramente o batismo do Espírito, ou seja, não eram eles que faziam tais coisas, mas o próprio Deus os impulsionava. Em Atos 4:31 diz “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.”
Os santos da igreja descrita em Atos dos Apóstolos possuíam as marcas de uma vida cristã autêntica:
· Perseveravam na doutrina dos apóstolos (pregavam o evangelho);
· Perseveravam na comunhão;
· Perseveravam no partir do pão (congregavam), e
· Perseveravam na oração.
A Palavra está abarrotada de orientações para que possamos desfrutar dessa vida plena de um evangelho verdadeiro. Não há estratégias, planejamentos, teologia, técnicas e organizações que produzam essa vida, o que há, para que vivamos esse evangelho verdadeiro que demostra tais marcas, é viver do Espírito conforme relato do apóstolo Paulo em Efésios 5:15-21:
“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.”
Que essa reflexão possa produzir ao leitor o mesmo confronto que produziu em mim. Reflexão que tem me produzido frutos de arrependimento por entender o quanto tenho sido negligente com o real modo de vida que Cristo almeja que eu tenha. Que possamos buscar a Deus de modo a vivermos o verdadeiro evangelho.
Que Deus nos dê graça e nos abençoe conforme sua vontade.
Voltemos Ao Verdadeiro Evangelho!
¹ Texto baseado na pregação do Pr. Olavo Nunes Neto, dia 26/01/2014, na igreja pentecostal O Brasil para Cristo de Porto Alegre.
¹ Texto baseado na pregação do Pr. Olavo Nunes Neto, dia 26/01/2014, na igreja pentecostal O Brasil para Cristo de Porto Alegre.
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