segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A utopia necessária para todo cristão!

Escrito por: Diego Cintrão

Escrevo esse texto incomodado, entristecido, reflexivo e até escandalizado. Esse conjunto de sentimento me vem à tona devido as inúmeras demonstrações de ódio que repercutem nas redes sociais após o último pleito eleitoral. Principalmente porque a maioria dessas manifestações vem do meio do qual faço parte, que deveria propagar amor: os cristãos. 

Foram enxurradas de insultos como burro, idiota, herege, ladrão, desonesto, tudo para desqualificar o sujeito que votou diferente, que possui outra opinião. Foi triste ver pessoas que se declaram como irmãs em Cristo, que congregam na mesma igreja, trocando ofensas apenas pelo fato de não saberem discordar opiniões. Aliás os cristãos são reconhecidos pela intolerância com opiniões contrárias, ou seja, te amo se você pensar como eu, te admiro se tua opinião for a mesma que a minha ou a do meu líder: isso é uma lástima.

Claro que entendo que quando o assunto é os alicerces da nossa fé, as instruções de nosso Mestre, as bases do Seu Evangelho, devemos lutar fortemente contra interpretações heréticas, combater todo sorte de ensino falso e blasfemo, além de nos distanciarmos dos apóstatas. Mas o que se viu manifestado nas redes sociais não tem nada a ver com isso, o que vimos não foi manifestações inflamadas em prol de Cristo e seu Evangelho, as manifestações que vimos foram comentários intolerantes em prol de um (a) candidato (a) que em nada representa princípios instituídos por Cristo. Deus nos abençoou com a autonomia de escolhermos nossos governantes, e pasmem os decepcionados com os resultados de domingo, Deus colocou cada governante em seu lugar, ou seja, Deus nos deu a possibilidade de usar nosso intelecto e fazermos nossas escolhas, embora Ele já tivesse escolhido todas as coisas. Ele é Soberano e não minha escolha!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

FÉ: Bem mais que um pensamento positivo!

Texto bíblico: João 3:16-18,36
Escrito por: Rogério Jardim
Ao refletir sobre a fé olhando o cenário atual no qual a igreja de Cristo está vivendo parece que está tudo certo, se observado superficialmente. Digo que parece estar tudo certo pelo notável crescimento, nos últimos anos, daqueles que se definem como "Crentes". No último censo realizado pelo IBGE constatou-se que apenas 7,4% da população pertence a classe dos que se declaram "Sem religião". Sendo assim o grande percentual dividido entre outras religiões aponta um crescimento expressivo principalmente no segmento evangélico. Com base nesses dados poderíamos dizer que temos o privilégio de ter um grande percentual que crê. Mas crê no que? Ou melhor, para onde está direcionada esta fé?

Nunca se ouviu falar tanto sobre fé como nos últimos 20 anos. Com o surgimento do movimento neo-pentecostal a fé passou a ser vista com um imã para atrair benefícios e coisas positivas, em contraste com o pentecostalismo tradicional que a direcionava na busca incessante pela manifestação dos dons para a igreja. Algumas religiões, principalmente de segmento oriental, entendem que o indivíduo precisa concentrar pensamentos positivos em si mesmo para então estabelecer um contato de fé com o criador. Fato é que os tantos movimentos que surgiram ao longo dessas últimas décadas, principalmente dentro do cristianismo, contribuíram para que grande parte dos cristãos vivessem cada vez mais longe do verdadeiro propósito para o qual Deus os separou. Para alguns esse crescimento expressivo representa um fortalecimento na igreja. Para outros (no qual me incluo) o declínio dela.