Considerações sobre o natal

Escrito por: Diego Cintrão

Primeiramente quero afirmar que nesse breve texto não quero me ater a discussões sobre a data do nascimento de Jesus e o fato de o dia 25 de dezembro ser um dia no qual o antigo Império Romano utilizava para cultuar outros desuses, ou ainda qualquer outro tipo de controvérsia sobre o natal. Antes de tudo quero aqui afirmar: Sim eu comemoro do Natal como uma convenção de celebração ao nascimento Daquele que haveria de vir, para a remissão e salvação daqueles que Ele escolheu. 

Para muitos o dia 25 de dezembro é discriminado como uma data pagã e para esses festejar essa data é quase uma heresia. Para esses, e já fiz parte desse grupo, essa data deve ser encarada como um dia normal, quase ignorado, pois nada mais é do que uma convenção “mundana” em prol do consumo, idolatria e promiscuidade. Uma data que não tem relação nenhuma com o cristianismo. Obviamente devo concordar que para um descrente que adora a festa, as bebedices, os presentes, ou seja, a satisfação de si mesmo, a comemoração do natal não tem referencia alguma ao Salvador, assim uma comemoração pagã. Porém qual a postura de um crente em Jesus Cristo no natal? Será que cruzar os braços, fazer cara feia, julgar e condenar a agitação e euforia secular e ignorar essa data é uma postura que glorifica a Deus?

Nossa comemoração como cristãos deve ser a omissão total desse dia? Creio que não! Cada igreja local possui sua liturgia para esse dia, mas, apesar de ser unanime que Cristo não nasceu dia 25 de dezembro, usamos essa referência para trazer-nos à memória que o Redentor nasceu: A profecia se cumpriu, há motivos para nos alegrarmos! Glória a Deus por isso!! Como ignorar essa data?

As Sagradas Escrituras afirmam:

“A glória do Senhor se manifestará, e toda a carne a verá, pois a boca do Senhor o disse.”(Isaías 40:5)

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimo a sua glória, glória do unigênito do Pai.” (João 1:14)

“Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” (Filipenses 2:6-8)

Como ignorar uma data que representa, simbolicamente, o dia que nasceu Aquele que faria possível um pecador imundo como eu ter acesso ao Deus todo Santo, todo Perfeito, todo Bom e Soberano. Como não me alegrar em uma data que representa o dia no qual as estruturas do universo foram abaladas, o dia no qual o Deus todo Poderoso se humilhou, se fez carne, andou entre os homens, para dar inicio ao calvário que me salvaria da condenação que me era por direito. Através desse nascimento sobrenatural retratado nos evangelhos, Deus começa a abrir passagem para o Seu Reino, proporcionando a possibilidade da minha participação: 

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (1 Pedro 2:9)

Então que possamos celebrar sim essa data, que reunamos nossos familiares, que venhamos trazer à memória que um dia o Deus Todo Poderoso se vez carne, escolheu se humilhar até a morte para que fosse possível a nossa conversão de um estado de pecado e condenação, para o Seu Reino de gozo e paz!! Bendito seja o Senhor pelo nascimento do nosso Redentor!! Que possamos celebrar a Cristo Jesus nesse dia 25 de dezembro!

Que o Senhor nos abençoe com a Sua Soberana vontade!

Voltemos Ao Verdadeiro Evangelho!