quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Os ciclos da vida e a fidelidade de Deus

Escrito por: Josias Souza
Estamos há 2014 anos pós Jesus Cristo. Nosso calendário foi estabelecido pelo papa Gregório XIII, para corrigir e substituir o calendário Juliano que tinha uma defasagem de dez dias. Os primeiros países a adotarem este calendário, foram os países europeus de religião católica. Os países de fé protestante começaram a aceitá-lo a partir do ano 1700, a começar pela Alemanha, os demais países foram aderindo aos poucos. A China o adotou em 1912 e o último país a adotá-lo foi a Turquia, em 1926. Levou trezentos anos aproximadamente, para que todos os países adotassem o calendário atual.

Além deste adotado no mundo inteiro, temos o calendário judaico, que é contado a partir de Adão, e por ele, estamos entrando no ano de 5775. No babilônico, considerado o mais antigo, estamos a 6763 do início da existência humana. No islâmico, estamos no ano 1435. Além destes tem vários outros calendários.

A existência humana tem vários ciclos, períodos. Uns, estabelecidos por Deus, outros pelos homens. Alguns

destes períodos são convencionados mundialmente, tais como o da inocência, o de ser criança, o tempo da adolescência, da juventude, da maturidade e velhice. Estes e vários outros períodos, intercalados por vários outros, tais como de estudos, de funções, de atividades e por aí se vai, são contados por um calendário que define dias, semanas, meses e anos.

Na vida, encerra-se um período e inicia outro. A existência humana é comparada na bíblia como a de uma flor que hoje está linda e amanhã morre e também como o vapor que se esvai.

Salomão dá uma especial atenção a este assunto. Ele viveu regaladamente e desfrutou de tudo que seu coração desejou. Era rico, poderoso, influente e tinha uma nação a seus pés. Alguns anos após sua tresloucada busca pelo prazer inconsequente e ter verificado que tudo é enfado e canseira, ele declara que tudo é vaidade, e numa de suas reflexões ele declara o óbvio, mas um óbvio que faz refletir e que já serviu de base para várias mensagens: “Uma geração vem e a outra vai.” Ele estava indo.

A vida é maravilhosa. Tem momentos de delícia, de prazer, de alegrias. São coisas que Deus nos reserva. Sua palavra na boca de seus servos nos orienta a que desfrutemos, gozemos da vida. Não tem nada de indecente em buscar prazer com a esposa. Não tem nada de errado em ser feliz, buscar satisfação, gozar a vida. É a porção que Deus dá a cada um e cada um desfruta disto, dependendo da sua capacidade em ser menos estressado, menos rancoroso, menos amargo. É preciso leveza, sabedoria, para viver tudo isto com muita intensidade. O problema está no fato de as pessoas não entenderem que até nas alegrias e satisfações é preciso responsabilidade e sabedoria.

Observando a vida humana noto a ansiedade que toma das pessoas. Todo mundo quer desfrutar de alguma coisa aqui e agora. As coisas se atropelam e o mundo gira alienado a um sistema que escraviza e rouba muitas fases e alegrias que Deus deseja que vivamos. É preciso que se diga que quem controla este sistema é aquele sobre o qual Jesus chamou de ladrão, que veio para matar, roubar e destruir. Ele não faz isto de forma assustadora e aterrorizante, ele o faz, escravizando as pessoas em suas fraquezas. Oferece deleites, vantagens aparentes, seduções maravilhosas e o mundo estuda, trabalha, vive em torno disto.

No propósito de Deus não existem ansiedades e nem depressões. Ele nos criou com possibilidade de vivermos em plenitude e satisfação, caso tenhamos sabedoria para percebermos e desfrutarmos de cada oportunidade, vivermos adequadamente cada fase, enfrentarmos os desafios, porque a grande verdade é que existe um tempo certo para cada coisa: Tem o tempo para nascer, tempo para morrer; tempo para plantar, tempo para colher; tempo para matar e tempo para curar; tempo para destruir, tempo para construir de novo; tempo para chorar, tempo para rir; tempo para ficar triste, tempo para pular de alegria; tempo para espalhar pedras, tempo para ajuntar pedras; tempo para abraçar, tempo para não abraçar; tempo para procurar, tempo para perder; tempo para guardar, tempo para jogar fora; tempo para rasgar, tempo para costurar; tempo para ficar quieto, tempo para falar; tempo para amar, tempo para odiar; tempo para guerra, tempo para ficar em paz.

Estamos iniciando mais um ciclo em nossas vidas e que neste novo ciclo tenhamos mais desapegos de coisas que hoje podem nos ser tão importantes. Que ao final deste novo ano, nossa gratidão a Deus não seja meramente pelas conquistas maravilhosas que nos fazem mais confortáveis no mundo, e sim por termos compreendido melhor seu amor, tido mais graça para vencer as tentações, mais forças para orar de verdade, com o coração compungido por sua presença, por termos aumentado nosso amor a ele e as pessoas. Não adianta soltarmos foguetes e explosões de palavras e testemunhos de coisas que conquistamos neste ano de 2013, se nosso coração ainda tem inveja, ciúmes, disputas, rancores, malícias. Não adianta gritarmos aleluia, se nosso coração não sofre a dor dos missionários que estão morrendo nos países de religião anti cristã. Não tem sentido cantarmos com alegria, enquanto fieis da igreja “Filadélfia”, na China e demais países comunistas e na Índia e demais países de religião islâmica são queimados vivos, mortos a punhaladas e oprimidos. Não tem motivos ficarmos batendo palmas e dançando de felicidade por estarmos prosperando financeiramente, se este dinheiro não for usado para aliviar a dor do pobre e necessitado.

É tempo de nos alegrarmos com a alegria uns dos outros e tempo também de sentirmos a dor dos que sofrem ao nosso redor. Se quisermos cumprir nossa missão cristã, precisamos olhar com os olhos de Deus, sentir com o coração de Deus e pensar com a mente de Deus.

O mundo chora e sofre por andar no caminho da perdição. Temos o dever de insistir com todos a que deixem o caminho do erro e convertam o coração a Jesus para que sejam salvos. Isto custa incompreensão, perseguição, lutas, mas é este o caminho. Quem quiser viver piamente em Cristo Jesus, vai ser perseguido. Jesus afirmou que se o perseguiram, iriam nos perseguir também. Neste caso devemos refletir: Se está tudo bem entre nós e o sistema, alguma coisa está errada em nós.

Penso que ainda não é tempo de cantarmos. Ainda estamos em guerra. O escritor aos Hebreus afirma: Não será aqui o vosso descanso! O povo de Israel quando estava prisioneiro e escravizado era convidado a cantar e não o fazia. Leiamos o Salmo 137, versículos de 1 a 4: “Às margens dos rios de Babilônia, nos assentávamos chorando, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros daquela terra, pendurávamos, então, as nossas harpas, porque aqueles que nos tinham deportado nos pediam um cântico. Nossos opressores exigiam de nós um hino de alegria: Cantai-nos um dos cânticos de Sião. Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor em terra estranha?

Se olharmos as aparentes vantagens que sorriem para nós. Oportunidades que o sistema está ofertando, temos motivos de sobra para corrermos atrás de tudo isto. As coisas estão ao nosso alcance. Se olharmos, porém, para a realidade espiritual da igreja e do mundo, ficamos perplexos e nossa alma começa a chorar. É preciso decidir onde gastar nosso tempo e recursos.

Se olharmos para Jesus, Paulo, João, Pedro, David Linguístico, Savonarola, Lutero, George Müller, Moody e muitos outros, pode ser que percebamos que eles fugiram do sistema, não se aproveitaram dele e bem que poderiam, mas como Neemias, estavam fixos em sua missão. Neemias havia decidido reconstruir os muros de Jerusalém. Quando convidado a dar uma pausa e ir desfrutar das vantagens ele respondeu: Estamos fazendo uma grande obra de modo que não poderemos descer! E fez bem, porque descer para uma pausa, é sempre uma emboscada.

Paulo disse: Tendo tudo, mas vivendo como se nada tivessemos. É tempo de parar de exibicionismos em nome de Deus e começar a viver um cristianismo com conteúdo e este cristianismo com conteúdo inclui ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, quando homem, aqui na terra.

Experimente amar de verdade a Deus e as pessoas. Experimente ser santo de verdade. Experimente fazer a obra de Deus a tempo e fora de tempo. Não vai levar muito tempo para você perceber as contrariedades surgindo, tudo por causa do nome de Jesus. O sistema que rege o mundo e seu príncipe jamais admitirão que você não se encurve a seus apelos e que não seja dependente de seu poder, mas se você quiser servir a Jesus de verdade tem que começar a assumir um novo conceito, uma nova mentalidade. Hoje Jesus não vem mais pelas margens da Galileia pregar, mas deixou sua mensagem para que a espalhemos, e a mensagem é esta: Arrependei-vos e crede no evangelho, porque é chegado a vós o reino dos céus!

Pense nisso!



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